quinta-feira, 7 de julho de 2011

" Já foi dada a largada para o segundo semestre deste ano de 2011" opilati dorneles pilati nettevisto




   Já foi dada a largada para o segundo semestre deste ano de 2011. Isto significa que a metade do ano já se passou. Teremos pela frente a outra metade, não menos importante, mas com outras urgências e necessários encaminhamentos. Não há como reter o tempo, nem como agilizá-lo. Segue seu curso normal. Orienta-nos em nossa trajetória, embalando sonhos, alertando a passagem dos anos. Creio que poucas pessoas não se preocupam com o tempo. Há uma estreita relação entre tempo e vida.
  Ao longo do tempo, vamos amadurecendo, aguçando o olhar, criando exigências, reelaborando expectativas, alinhando os compassos. Formamos, então, um estilo de vida próprio. Não nos conformamos em perder tempo, manifestamos pontos de vista, entendemos o que é passageiro. Assim deveria ser a vida de todos: com o passar dos dias, tornar-se especialista na arte de viver. Isso daria consistência à vida. Acrescentaria sabor aos diferentes momentos.
 A Stanford University realizou pesquisa em busca dos fatores que prolongam a vida. Resultados sem muita novidade: estilo de vida: 53%; meio ambiente: 20%; genética: 17%; assistência médica: 10%. Sem muito aprofundamento, percebe-se que grande parte do que ajuda no prolongamento dos dias diz respeito ao estilo de vida que as pessoas tem. É no cotidiano que a vida vai se qualificando e os anos se prolongando.
Estilo de vida é questão de opção, de auto-conhecimento, de gestão. Sim, o modo de viver vai determinar e qualificar esse evento maravilhoso: a existência neste mundo, como alguém único e irrepetível. Cada um deve ser o administrador de sua vida, planejando, avaliando, recomeçando. Como seria diferente a história se o ser humano assumisse ser o gestor de sua felicidade!
O desejo de prolongar os dias implica numa revisão do estilo de vida. Não basta somar anos. Inteligente é quem se torna gestor das suas buscas e sonhos; gestor da felicidade, meta possível de ser alcançada por aqueles que não perdem tempo reclamando da vida. Arregaçam as mangas acolhendo cada amanhecer, na certeza de que viver é o mais empolgante acontecimento


"My Brother Delton Pilati" opilati nettevisto

terça-feira, 5 de julho de 2011

"A lei do escârnio"

A partir de hoje, fica ainda mais difícil que pessoas que cometam crimes considerados leves, sejam presos. Entra em vigor a Lei n. 12.403/2011, que altera 32 artigos do Código de Processo Penal, de 1941. Com a nova lei, pessoas que cometeram crimes leves – punidos com menos de quatro anos de prisão - e que nunca foram condenadas por outro delito só serão presas em último caso.
A legislação brasileira considera leves crimes como furto simples, porte ilegal de armas, homicídio culposo no trânsito – quando não há intenção de matar -, formação de quadrilha, apropriação indevida, dano a bem público, contrabando, cárcere privado, coação de testemunha durante o andamento do processo, falso testemunho, entre outros.
Hoje, só há duas possibilidades para as pessoas que cometem esses crimes: a prisão, se o juiz entender que elas podem oferecer riscos à sociedade ao longo do andamento do processo, ou a liberdade. Com a nova regra, haverá um leque de opções intermediárias, que poderão ser aplicadas e a prisão só poderá ser decretada em último caso – quando a pessoa já tiver sido condenada, em casos de violência doméstica, ou quando houver dúvida sobre a identidade do acusado.
Nove medidas poderão substituir a prisão antes do julgamento definitivo do acusado. As principais são: pagamento de fiança de um a 200 salários mínimos (que poderá ser estipulada pelo delegado de polícia, e não apenas pelo juiz), monitoramento eletrônico, recolhimento domiciliar no período noturno, proibição de viajar, frequentar alguns lugares e de ter contato com determinadas pessoas e suspensão do exercício de função pública ou de atividade econômica.
A nova lei permite também que as medidas alternativas sejam suspensas - e a prisão decretada - se houver descumprimento da pena.
A lei determina ainda que se a somatória das penas ultrapassar quatro anos, cabe a prisão preventiva.
Outra mudança importante no caso de prisão preventiva é a obrigação de separar as pessoas presas provisoriamente daquelas que já foram condenadas.
Já se disse que o Brasil não é um país sério. Agora, alguém duvida? É preciso construir presídios decentes para que haja um mínimo de possibilidade de recuperar pessoas, que por destino cometeram erro. Mas os governos não querem gastar dinheiro com isso. A própria população não quer. A nova legislação simplesmente ”atira” a população aos leões. Com escárnio e cinismo, seus autores estão dizendo à toda a população: “ Virem-se , pessoas. Nós temos seguranças pagos por vocês para nossa proteção. E não deixem de pagar seus impostos em dia, hein?
Como disse Luis Fernando Veríssimo, “enquanto isso, as azeitonas verdes, dentro da geladeira, a tudo observam, em silêncio”.

domingo, 3 de julho de 2011

E se ninguém ficasse bêbado? OPILATI DORNELES PILATI SUPER INTERESSANTE

E se ninguém ficasse bêbado?




Beber, cair e, sim, levantar. Porque a ressaca estaria demitida de nossa vida. O dia seguinte à bebedeira não teria sobe e desce no estômago, cabeça latejando nem aquele sono de dar vergonha na firma. Só restaria uma secura na boca, porque álcool acaba com a hidratação do corpo. E, com o tempo, algumas marcas no fígado, que seguiria suscetível aos efeitos da birita. Mas isso para quem continuasse a consumir álcool. “As bebidas alcoólicas atraem as pessoas principalmente pelo relaxamento e pela extroversão que proporcionam”, diz Paul Roman, pesquisador do departamento de sociologia da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, e especialista no estudo do alcoolismo. Sem o efeito do pilequinho, o álcool competiria de igual para igual com sucos, refrigerantes e outras bebidas em quesitos como gosto e refrescância. E você talvez preferisse trocar a vodca por água de coco no boteco. “A vinicultura, por exemplo, só se desenvolveu porque a bebida levava a um estado de consciência que permitia às pessoas se soltar, debater ideias. Não pelo aroma ou pelo gosto”, diz a enóloga Alexandra Corvo. Com todo mundo eternamente sóbrio, happy hours não prejudicariam nem a imagem nem o desempenho de ninguém. Hoje o consumo de álcool afeta a concentração de 15% dos trabalhadores nos EUA, seja porque esse pessoal aparece bêbado na firma, chega de ressaca ou toma aquele drinque social no almoço. A concentração dos motoristas também ficaria intacta, o que poderia preservar a vida de até 15 mil pessoas todo ano no Brasil. Poderia, mas não chegaria a tanto. O uso de outras drogas possivelmente aumentaria, já que elas se tornariam um recurso para quem quisesse os efeitos hoje proporcionados pela birita.



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