sábado, 23 de abril de 2011

"Pra que pressa" dorneles pilati opilati pilati .com

Andamos num corre-corre em busca da felicidade e não percebemos que ela

também nos procura.
As vezes, a procuramos em sonhos e aventuras.
Em crenças espirituais e até nas colunas sociais.
E, no entanto, não nos damos conta que ela caminha a nosso lado, esperando o momento oportuno para nos abraçar.
Exigimos tanto da vida.
E a vida nos dá tanto sem exigir nada.
Andamos apressados, feito loucos.
Querendo sempre ser os primeiros.
Achando sermos superiores, e no entanto, somos tão pequenos.
Na maior parte das vezes, menos que nada.
A água e o fogo cumprem seu destino.
O dia e a noite fazem o mesmo.
E nós?

"Construindo passagens" opilati pilati dorneles pilati

Ameaça para o poder constituído, Jesus de Nazaré foi pregado numa cruz, em meio a dois ladrões. Maria permaneceu ao lado do Filho. Não pode aliviar a dor, mas sua presença serviu de alento naquelas intermináveis horas de sofrimento. Não havia cometido nenhum mal. No entanto, recebeu o maior de todos os castigos: a crucificação. Não faltaram testemunhas para dizer que ele havia somente feito o bem e, por conseguinte, era inocente. Ninguém foi ouvido, pois o poder ensurdecedor foi mais eloqüente que a bondade e a justiça.
O céu escureceu e a noite escondeu a luminosidade daquele dia: Jesus morreu. Constatada sua morte, o corpo foi recolhido e colocado numa caverna. Uma enorme pedra encerrava definitivamente uma história de esperança e de amor. O silêncio tomara conta de tudo e de todos. Discípulos decepcionados voltaram para suas aldeias. Alguns mais atentos não deixaram de visitar o sepulcro, guardado por soldados que temiam o roubo do corpo. Afinal, era necessário confirmar que ele estava morto.
Porém, houve um terceiro dia. O túmulo apareceu vazio. A notícia se espalhou. Apóstolos correram para ver com os próprios olhos a comprovação dos boatos de que haviam roubado o corpo. Um novo capítulo começou a ser escrito naquele ímpar ‘terceiro dia’. Aos poucos aquele que era contado como morto, se apresenta vivo às mulheres. Estas espalham a notícia. Aparece ainda para outros mais. A esperança toma conta. Ele não morreu, vivo está.
O mundo cristão não esquece os detalhes do Homem Jesus de Nazaré. A partir do túmulo vazio e da aparição aos seus, confirma-se a Ressurreição. A vida venceu a morte. As palavras cederam lugar aos fatos. Tudo o que Ele havia anunciado, aconteceu. Começa a longa história da fé cristã. Outros, na multiplicidade de entendimentos, continuam aguardando o Messias. Outros ainda, tomaram conhecimento da existência do Nazareno, mas optaram por acreditar em outras forças.
No campo da espiritualidade há espaço para todos. Diversidade de óticas não impede que o cultivo da fé aconteça. Por outro lado, séculos e mais séculos ajudam a confirmar a veracidade de alguns fatos. Avesso às estruturas, o ser humano constrói alternativas e multiplica itinerários. Porém, há um horizonte maior, culminância de toda esperança, inspiração para a fé. Carregada de liberdade, a vida busca incessantemente o transcendente, da mesma forma que a água de todos os rios tende alcançar o mar.
A celebração da Páscoa, de um jeito ou de outro, sensibiliza a humanidade, propondo celebrações de matizes diversos. Não se trata de imposição, mas de convite à interiorização. Mesmo que o consumo ocupe espaço significativo, ainda resta um filete de luz que convoca à paz e à fraternidade. Mais uma vez a liberdade humana está diante de escolhas. Certamente, a opção pela espiritualidade sempre será um ganho, por mais breves que possam ser os espaços das abarrotadas agendas, num mundo sempre veloz.
A palavra ‘páscoa’, etimologicamente, significa ‘passagem’. Jesus passou da morte para a vida. Ressuscitou! A vida é feita de muitas passagens: das trevas para a luz, do ódio para o amor, da indiferença para a sensibilidade, da tristeza para a alegria. Só celebra verdadeiramente a Páscoa quem está disposto a construir passagens. Caso contrário, a vida corre o risco de estar sempre envolvida com a mesmice e a rotina. O ‘novo’ se torna visível a partir das passagens que vão acontecendo ao longo da existência.
A sucessão de fatos que atentam contra a vida, em todas as formas, presente no mundo criado, têm comprovado que faltam acontecer verdadeiras passagens. Ritualizamos momentos, atualizamos os fatos ocorridos com o Filho de Deus, mas temos dificuldade de transformar em atitude a interioridade marcada pela indiferença e pelo egoísmo. Podemos até cantar melodiosos hinos que acenam para a vida nova que brotou da Ressurreição, mas não avançamos na vivência da fraternidade.
A cada Páscoa, deveríamos agregar amor, tolerância, justiça, cuidado com o meio ambiente. Movidos pela exterioridade, perdemos a oportunidade de empreender verdadeiras transformações, lá onde pulsa o desejo profundo por vida nova. O caminho parece longo. O Calvário não é marco de um passado distante. Pesados martelos continuam pregando vidas. A crucificação se repete quando assistimos a atos de racismo, quando crianças e adolescentes são vítimas do bullying, quando a perseguição aos gays esquece o valor da vida, independente das opções individuais.
Os votos de “Feliz Páscoa”, necessariamente, devem vir acompanhados de novas atitudes de vida. Meios para melhorar a existência humana não faltam. A evolução comprova que o ser humano é capaz de muito. Basta ver os avanços da ciência e da técnica. No entanto, é urgente ‘ressuscitar’ a fraternidade e a espiritualidade para garantir o amanhecer radiante da harmonia e da paz. Feliz Páscoa!

"Estatísticas" opilati pilati

"ViVa HoJe!!" E o OnTeM nAo o PeRcA!! dornelespilati opilati pilati soledade-rs exposol são marcos caxias do sul santa maria-rs UFSM UFRGS

quinta-feira, 21 de abril de 2011